Pietro Mendes disse que o governo tem atuado com “determinação” para colocar o Brasil como líder na produção de combustíveis sustentáveis. e4i63
O secretário de petróleo, gás natural e biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, disse nesta segunda-feira (02) que o governo tem atuado com “determinação” para colocar o Brasil como líder na produção de combustíveis sustentáveis e que o país está construindo uma transição energética integrada.
Segundo Mendes, a produção de etanol no país, por meio do Pró-Álcool, completa 50 anos em 2025, o que credencia o Brasil como um ator global importante nos debates sobre a descarbonização pela matriz energética.
Ele participa de reunião sobre a transição energética no Brasil, promovida pelo Fórum Econômico Mundial. O evento marca o lançamento oficial da Coalizão Global para o Planejamento Energético (GCEP) e ocorre meses antes da COP30, em Belém (PA).
Mendes citou também a experiência do país com o biodiesel e ressaltou os investimentos em curso ou em negociação para expandir a oferta de combustíveis renováveis nos próximos anos.
“Temos assinadas várias parcerias de investimentos internacionais para viabilizar a produção de SAF [combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês] e etanol de segunda geração”, disse Mendes.
O discurso do secretário, que substituiu o ministro de Minas e Energia, Alexandre SIlveira, na abertura do evento, vem em linha com esforços do governo de se colocar no papel de grande ofertante de biocombustíveis. O Brasil enfrenta resistências de países europeus pela adoção de combustíveis sustentáveis como rota para a
descarbonização.
Em paralelo, petroleiras vêm dando os atrás em investimentos em energias renováveis, revendo projetos e mudando escopos.
Rio, capital dos data centers
Mendes disse ainda que o Rio de Janeiro tem potencial de se tornar um hub de data centers, que buscam o país de olho na grande oferta de energias renováveis.
O secretário salientou que o Estado pode se tornar um padrão para outros países, com a oferta combinada de energia nuclear e renovável. No Rio, localizam-se as usinas nucleares de Angra dos Reis – Angra 1 e Angra 2. Há expectativa de retomada das obras de Angra 3, que aumentaria a oferta nuclear em 1,4 gigawatt (GW).
Ainda de acordo com Mendes, o Brasil tem grande oferta de minerais críticos, necessários para a fabricação de produtos usados na transição energética, como baterias, mas defendeu uma política que torne o país um protagonista com a exportação de produtos de alto valor agregado.
“Nosso foco será a transformação mineral. Não queremos ser apenas exportadores de commodities. Estamos construindo uma agenda de transição energética integrada”, disse o secretário.
Imagem e Conteúdo por Valor Econômico.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/06/02/brasil-est-construindo-transio-energtica-integrada-diz-secretrio-do-mme.ghtml
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