CNI diz que indústria não pode pagar a reforma do setor elétrico 4p151k


Presidente da Confederação da Indústria diz que setor se preocupa com o custo elevado de energia no país. 31186k

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Antonio Ricardo Alvarez Alban, disse nesta 2ª feira (26.mai.2025) que a indústria no Brasil não aceitará os custos da reforma do setor elétrico. Alban afirma que há pontos positivos na proposta, mas ter uma das contas mais caras do mundo é “inaceitável”.

“Há pontos positivos, como os benefícios para pequenos consumidores e a maior abertura do mercado livre, mas não podemos aceitar pagar essa conta. O aumento dos custos da tarifa de energia não deveria sequer ser cogitado. Somos um país que produz energia barata, mas que tem uma das contas mais caras do mundo. Isso é inaceitável”, afirmou.

Alban participou do evento de celebração ao Dia Nacional da Indústria, na sede da Confederação em Brasília. Roberto Barroso (presidente do STF), Hugo Motta (presidente da Câmara dos Deputados, Republicanos–PB), Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Ricardo Lewandowski (ministro da Justiça e Segurança Pública) e José Múcio (ministro da Defesa) também marcaram presença.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na 4ª feira (21.mai.2025) a MP (medida provisória) da reforma do setor elétrico. O texto, discutido em reunião reservada com líderes do Congresso, amplia o alcance da Tarifa Social de energia elétrica e avança na abertura do mercado livre para consumidores de baixa tensão. Eis a íntegra (PDF – 449 kB).

A CNI se preocupa com as discussões em torno de alguns assuntos que estão na pauta dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário de “extrema importância para o país, que exigem cautela, bom senso, equilíbrio e, principalmente, discernimento desenvolvimento social e econômico do Brasil”, segundo Alban.

O presidente da CNI diz que o setor está sendo constantemente surpreendido com a condução de projetos e debates pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário sem ser ouvido. Segundo ele, as decisões “só aumentam custos e podem comprometer de forma contundente o setor industrial brasileiro”.

FIM DA ESCALA 6 X 1
Alban diz que a redução da jornada de trabalho também seria prejudicial ao setor. Ele afirma que, sem aumento significativo na produtividade, não seria possível pensar em redução da jornada de trabalho.

“Nossos estudos apontam que o aumento de custos pode chegar a R$ 88 bilhões por ano apenas no setor industrial e a R$ 260 bilhões por ano se forem considerados todos os setores da economia. Isso se a jornada for reduzida para 40 horas semanais. Uma redução para 36 horas iria gerar aumentos de custos ainda maiores”, afirmou.

A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) compartilhou em seu perfil no X em 4 de maio que a redução da jornada de trabalho 6 X 1 será uma das prioridades do governo junto ao Congresso Nacional.

A PEC 8 de 2025 foi protocolada na Câmara dos Deputados em fevereiro por congressistas da base do governo federal, pelo fim da jornada de 6 dias trabalhados e 1 de folga (6 X 1). O texto propõe reduzir a jornada de trabalho para 4 dias por semana, com 3 de descanso (4 X 3).

LICENCIAMENTO AMBIENTAL
A CNI celebrou o avanço do projeto que altera as regras para a emissão de licenciamento ambiental. O texto tramita no Congresso há 21 anos e foi aprovado na Câmara dos Deputados em 2021. Por ter ado por mudanças, o texto segue para nova análise da Câmara dos Deputados.

“Esperamos muito que os deputados aprovem o projeto que vai uniformizar procedimentos em todo o país e simplificar a concessão de licenças para empreendimentos de menor impacto. Esse é um o importante para modernizar a gestão ambiental, trazendo mais eficiência, previsibilidade e segurança jurídica ao processo”, afirmou Alban.

Para o presidente, essa é uma batalha importante e que a indústria está confiante na vitória e aprovação
do marco.

Imagem e Conteúdo por Poder 360.
https://www.poder360.com.br/poder-infra/cni-diz-que-industria-nao-pode-pagar-a-reforma-do-setor-eletrico/

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